quarta-feira, 16 de junho de 2010



Como reter o etéreo? quem tem a capacidade de movê-los e moldá-los? de tirá-los lá do íntimo e fazê-los desvelar? de concretizá-los, laçá-los? quem pode ver os odores ou sentir  o sabor das cores? quem é capaz de valsar à explosão do amarelo ou cair no azul, perder-se no púrpura? tecer um lençol e bordá-lo com o perfume dos cabelos? É o que procuro, é o que intento: abrir as portas, correr contra o vento, me jogar no precipício, espiar o infinito, roubar teus pedaços e fazer deles meus, e de meus, qualquer coisa de abstrata, algo que eu possa te mostrar, algo que possamos dividir. e ainda que não compreendamos, que possamos sentir, que possamos admirar, sentar sem propósito e ver, desde que estejamos juntos em alguma coisa. As palavras são desnecessárias quando os poros podem falar por elas..

Um comentário: